Marianagds

Ciclo do Tempo

Ciclo do Tempo

Ciclos, como relógios implacáveis, giram sem piedade. Esta história, tão antiga quanto as estrelas pesa sobre meus ombros como uma âncora.
A dor da perda é como um punhal afiado, penetra fundo em minha alma. Os laços que outrora nos uniram agora se desfazem. Rompem-se como fios de seda ao vento. É preciso enterrá-los, como sementes que aguardam o nascimento. Pois, no solo da despedida, novos brotos surgirão.
Estou parada no tempo, como uma estátua, mas sinto que a espera não será longa. O que preciso está à espreita, como um segredo guardado pelo universo.
Quero gritar no topo da montanha, desafiar o silêncio. Minha voz ecoará pelas ravinas, como um chamado ancestral. Que seja um grito de liberdade, rasgando o véu do passado.
Quero viver o natural, como as folhas que dançam ao vento. Sentir a pulsação da vida, como um rio que flui sem restrições. Quero saber que estou viva, não apenas existindo, mas verdadeiramente vivendo.
Que os ciclos se completem, que as estações mudem. E, no crepúsculo da despedida, eu renasça das cinzas, como uma fênix alada, pronta para voar em direção ao desconhecido.