... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

CATIVO

Ao que a poesia verseja, e teia

Sussurrante, trivial, num clamar

Num amargor do que a perreia

Imersa em um profundo pesar

 

Com inquietude que devaneia

Um falho sentir, o pouco estar

No qual a insatisfação a enleia

No âmago de um triste poetar

 

Enturvo nesta aflição tão aflita

De sofredor que na dor orbita

Se limito, então, dizer não sei...

 

Sei que é danoso, penetrante

Sentimento avarento, pedante

E cativo desta sorte me tornei.

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

11 abril, 2024, 19’18” – Araguari, MG

 

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