Charles Araújo

PESO DAS ESCOLHAS

PESO DAS ESCOLHAS

 

Com lágrimas que lambem o rosto pálido,

O coração, algoz de sentimentos, desfaz-se.

Sentes o pulso pulsar, altas doses de adrenalina.

O corpo queima em desejos audazes.

 

Fantoches em um palco, sentes que tudo podes,

Aprisionado por correntes invisíveis.

Tudo é lícito, como o vento que sopra por todas as direções,

Mas nem tudo te permites,

Como a rosa que não exala perfumes.

 

Livre arbítrio, uma balança delicada

Entre vontade e responsabilidade.

Dois pesos, duas medidas

Onde escolhas moldam o destino

E os caminhos se tornam fios delgados.

 

Um navegar entre as margens do que és e do que poderias ser,

Infinitas possibilidades de quereres e vontades

Reprimidas, desprovidas, assertivas, proibidas...

 

Mas a tal liberdade dança ao ritmo das tuas escolhas.

Será que tecemos com habilidade

Os fios do destino?

Entrelaçando-os com a sabedoria

Que nos é consentida?

Livre arbítrio?

Ou desejos cínicos?

Até que ponto nossas escolhas, sejam boas ou ruins, influenciam nossa conduta social, ética e moral?”

 

C.Araujo