PESO DAS ESCOLHAS
Com lágrimas que lambem o rosto pálido,
O coração, algoz de sentimentos, desfaz-se.
Sentes o pulso pulsar, altas doses de adrenalina.
O corpo queima em desejos audazes.
Fantoches em um palco, sentes que tudo podes,
Aprisionado por correntes invisíveis.
Tudo é lícito, como o vento que sopra por todas as direções,
Mas nem tudo te permites,
Como a rosa que não exala perfumes.
Livre arbítrio, uma balança delicada
Entre vontade e responsabilidade.
Dois pesos, duas medidas
Onde escolhas moldam o destino
E os caminhos se tornam fios delgados.
Um navegar entre as margens do que és e do que poderias ser,
Infinitas possibilidades de quereres e vontades
Reprimidas, desprovidas, assertivas, proibidas...
Mas a tal liberdade dança ao ritmo das tuas escolhas.
Será que tecemos com habilidade
Os fios do destino?
Entrelaçando-os com a sabedoria
Que nos é consentida?
Livre arbítrio?
Ou desejos cínicos?
Até que ponto nossas escolhas, sejam boas ou ruins, influenciam nossa conduta social, ética e moral?”
C.Araujo