Tudo é caos nessa vida de conflitos,
nessa dolorida tristeza, nessas fragilidades,
nessas descobertas e essas ausências,
refletindo em mim lembranças dispersas...
Vasculhei por aí meus livros perdidos,
entre gavetas, poesias velhas e rotas,
meus sentimentos guardados nesse percurso.
Tudo é caos nas minhas memórias e pensamentos...
Agora mesmo essa esquina, entre desejos e esse abismo.
Toda essa esperança de teu retorno, essa fome, esses medos.
Desfaz-se as amarras, liberto-me da tua boca e teu ventre.
Agora mesmo me liberto desse quarto, desse teu cheiro...
Pode ser que novos fantasma, novas ilusões resplandeçam.
Afugento-me em esperanças vãs, vagos suspirar!
Entorpeço-me entre buscas, silêncios ermos e abandonos.
Ouço os rumores do mar, minhas impaciências e ressentimentos...