... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

SONETO DO RIO BAGAGEM

A saudade é levada pelo Rio Bagagem

Na correnteza tão cheia de modulação

É canto, é sinfonia, cadência e emoção

Pelos seixos e húmus, poética viagem

 

Na moela das galinhas de sua margem

Tem diamante! Lenda ou verídica razão

O que voga é que pulsa ingênua a ilusão

Rio encantado, sensação, rútila imagem

 

No coração, uma serenata melodiosa

Estrela do Sul, teu leito, terra formosa

O borbulhar é história e n’alma cafuné

 

Assim, em tuas águas, vez em quando

Aquela sorte, a esperança vai lavando

Rio do irradioso diamante, bagageiro é.

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

06 abril, 2024, 20’39” – Araguari, MG

*para a prima Lêda Brasileiro Teixeira Vale

 

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