Este canteiro tem flores tão belas,
Que semelhas um bosque sem martírios,
Onde tomba nas horas mais singelas,
A luz tremente dos etéreos círios.
Solares medievos à luz de velas,
Suscitam em nostálgicos delírios,
E vagando em sonho as caravelas,
Partiam em busca dos alvos lírios.
Pôr do sol em vales enevoados,
Onde o brilho dos luares nunca cessa,
Fui haurindo nesses mundos encantados...
Da alva, a estrela, que cintilavas calma,
Seguia-me entre as nuvens sem pressa,
Clareando a solidão da minha alma...
Thiago Rodrigues