Na solidão das noites frias e mansas,
Ecoa a melodia triste do amor perdido,
Entre suspiros e lágrimas tão densas,
Desilusão vagueia, coração ferido.
Promessas desfeitas como pétalas ao vento,
Sonhos desmoronados como castelos de areia,
No peito, o vazio, um abismo sem alento,
A dor da despedida, que a alma incendeia.
Caminhos outrora trilhados de mãos dadas,
Agora se perderam na sombra da descrença,
E o amor que era fonte, tornou-se em lágrimas salgadas,
Numa triste dança de mágoa e impotência.
Ah, como é cruel a desilusão amorosa,
Que dilacera a esperança, quebranta a fé,
Deixando apenas memórias dolorosas,
E um coração marcado pelo que não se vê.
Assim, entre ruínas de um amor desfeito,
Resta-me o lamento, a saudade, a dor,
E no eco da tristeza, sussurro meu defeito,
Por não ter sido capaz de evitar tal dissabor.