Cala-te pois palavras não te cabem mais
Não ouço tua voz soar doce em meus ouvidos
Do que adiantam curativos em um braço decepado?
Do que valem meras desculpas para um coração machucado?
Me derramei em lágrimas salobras
Que me afogaram como um oceano
Lembrei que me contentei com tuas sobras
Lembrei que acreditei tono teu “te amo”
Me reconstruí sozinha novamente
E refeita encontrei solidão
Seria a dor a companheira do carente?
Seria o carente digno de compreensão?
Madrugadas fatais entre mim e minha mente
E quantas mentiras inocentes ela pode criar
Mas já me tornei resistente
Sei que dessa história não há mais os que acrescentar
Caminho em desesperos sorridentes
Torcendo pra nada me fazer lembrar
Pois não a nada tão deprimente
quanto amar e desamar