Em meio à adoração, risos e canções,
Pessoas dançam, deixam de lado as aflições.
Perdidas em sua própria celebração,
Ignoram a tempestade, vivem a ilusão.
Eis máscaras de alegria e contentamento,
Que por dentro escondem o tormento.
Riem alto, brindam à felicidade,
Festejando esta falsa vaidade.
No espelho do banheiro, não vêem o reflexo,
Da dor que suprimem nesta festa sem nexo,
Saciadas, divertem-se a noite inteira,
Mas a dor, persiste, sorrateira.
A música toca, a festa continua,
E a realidade, como sempre, nua e crua.
Mas na dança da vida, uma certeza resta,
A verdade se revela, após a festa.