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Letícia Alves

Reflexões sãs e leves como a árvore

Envolta e coberta pelos amigos,
onde o riso é coisa sã, nada nocivo.
O sentimento inócuo que permanecia –
regado como uma planta na primavera –
e florescia em felicidade, apesar do
desgosto de sair dela: era esforço não
violento, que sempre existiu.
Outro dilema possível.

O anseio inevitável de (des)crever e
crer para ver e viver a vida mais
humilde sob a luz da lua em Vermont;
vida exemplar por virtude e forte pela
resignação provinda da régia que
moldara o meu ser travesso.

Nos retalhos do tempo estremeci
de esperança; o coração pungente
tropeçou e retornou à prudência –
desiludido, mas tranquilizado tal
como a árvore em meio ao mundo veloz.

A parte mais luminosa do dia: a calma
instrospecção e conversas triviais com
Deus – tudo isso alimenta, no final do dia,
a alma noturna e sedenta. Só de imaginar
o som das ondas sinto abraço divino. O
mundo finito faz-se em instantes infinito.