“O pão é indiscutível: o homem se inclina a quem lhe dá o pão”. (Fiódor Dostoievski)
Se o Mal lhe favorece
Ele agradece
Então lhe parece bom
É justo, lhe cabe
É do seu talhe
Merece pelo seu dom
Afinal, ficou tão elegante
Sua consciência silencia
A coerência é irrelevante
Se convence da sua inocência
Paciência, qualquer um faria
Pecado e virtude acabam na mesma sepultura
Por que não uma sinecura?
Qual o mal da simonia?
Se Deus existe
Adia a discussão para outro dia
Sua fé resiste
Confia em ser absolvido no final
Senão, tudo então será igual
Lá fora, a vida não demora
Tudo lhe parece normal...