Helio Valim

Na sagrada birosca

 

Naquela antiga birosca

servia-se encantaria.

Entre uma e outra aposta

a vida transcorria.

 

Apesar dos reclames declamados,

por bufões sem predicados,

a magia e os encantos

encontravam-se pelos cantos.

 

Ali, mandingas malfadadas,

em forma de prantos e quebrantos,

eram apaziguadas com goladas.

 

Da ferradura ao galho de arruda,

além da iluminada imagem do coração,

não faltava nada, nem figa, nem devoção.