Ernane Bernardo

O Amanhã Será Sempre, Uma Incógnita

 

O Amanhã Será Sempre, Uma Incógnita

 

Já fui o tempo que parou 

Já fui o relógio que quebrou e não andou 

Hoje sento à sombra da árvore frondosa 

Na sintonia de viver, uma paixão virtuosa

 

Já fui o vento que passou 

Já fui a névoa que caiu e não molhou 

Hoje vivo na minha insólita quietude 

Na desobediência das lágrimas, amiúde

 

Hoje sentir a fragrância da mais bela flor 

Na loucura de amar, como o beija-flor 

Saborear o doce néctar da heliconia flor

 

Hoje vivenciei a brisa formar-se orvalhos 

E contemplei o florescer sem abrolhos 

Mas o amanhã, será sempre uma incógnita.

 

_ Ernane Bernardo