O Amanhã Será Sempre, Uma Incógnita
Já fui o tempo que parou
Já fui o relógio que quebrou e não andou
Hoje sento à sombra da árvore frondosa
Na sintonia de viver, uma paixão virtuosa
Já fui o vento que passou
Já fui a névoa que caiu e não molhou
Hoje vivo na minha insólita quietude
Na desobediência das lágrimas, amiúde
Hoje sentir a fragrância da mais bela flor
Na loucura de amar, como o beija-flor
Saborear o doce néctar da heliconia flor
Hoje vivenciei a brisa formar-se orvalhos
E contemplei o florescer sem abrolhos
Mas o amanhã, será sempre uma incógnita.
_ Ernane Bernardo