Luiz Teixeira

Soneto à Predileta

Frêmito indulgente, uma Bacante

Ósculo violento em lábios mordia

À moda parisiense, n\'alma sorria

O regalo extenuado e avassalante

 

Lânguidos passos de doces instintos

Divindade sublime, galhardia

Na bela e na quimera, ardor havia

Vozes, visões, segredos, absintos

 

Vulto cálido, grande lembrança

De olhos cerrados, túrgida dança

No Olimpo, encanto inflava adoração

 

Mas ao término do feliz ocorrido

Resta o retorno à vida, partido

Aos pedaços da lasciva submissão