Todos esses versos, \'versículos\', formando uma frase, oração...
seja de uma forma \'prosaica\', fixa, rimada, livre, \'solta\', branca, de qualquer cor, simétrica ou não!
Todas essas letrinhas juntinhas, justa posicionadas, em \'jogo de palavras\', jogadas, enfileiradas; e parecendo até \'letra de música\', mas cadê aquele refrão ou \'batidão\'?!
E tudo isso formando juras sejam de amor ou qualquer sentimento que se forme, que for...
quem quer saber dos sentimentos ou bons momentos de alguém no mundo...
das dores desse mesmo mundo?!
Do pôr do sol, do luar, se as estrelas estão mesmo onde estão...
da serra, do mar, do \'abrir duma flor\', de batatinha quando nasce ou duma árvore que cai na floresta, seu barulho e se há alguém do mundo por perto para ouvir?!
De denúncia, desabafo, declamação, discurso, exclamação, \'interrogação\', opinião, reflexão, delírio e declaração?!
Quem quer ouvir um recital, quer saber de sarau, sabe o que foi o Ateneu; do que é jogado aos quatro ventos, pregado num deserto, onde fica a Judéia, Galileia...
e o que é postado nessa rede mundial onde essa alma pequena \'navega\'?!
Quem liga... para uma infância querida, onde se era feliz e \'se sabia\'; paixões mal resolvidas, pros sabiás e outras aves que gorjeiam ali \'do outro lado\'?!
Quem quer saber de fadas, gnomos, unicórnios ou de \'frô\' e seus ramos tatuados... de discutir o sexo dos anjos ou se estão de camisolas ou shorts essas Elisângelas, se o amor é de Deus e a paixão do \'outro\'...?!
De quaisquer dessas Elisângelas sejam \'retiro-muriaenses\' ou uma Moreira Moreira e morando, me namorando num espaço entre os versos ou correndo e \'zanzando\' nessa imaginação com seu terreno fértil?!
Dessas ou daquelas musas, de ninfas, lindas colegiais esperando o ônibus sozinhas, ex-professoras de ginásio, se também estavam de shorts, shorts-saias, sainhas e minha fantasia ainda com eles...
de outras mulheres dos \'zotro\', \'emprestadas\' e alheias na filas do pão, lotação, vacinação ou também de camisola no portão?!
Suas \'glândulas xedoríparas\' responsáveis pela produção do borogodó...?!
Dindas suevas, \'norueguesas\', luso-brasileiras com certeza, suas \'especiarias usadas\' e extraviadas para o meu gozo corsário?!
Dias de sol ou de chuva e de casamento do espanhol com a viúva...
se Ivo viu a uva?!
Pras coisas que já não existem, pras que poderiam ser, pro que se plagia, homenageia, e o que só pode ser imaginado?!
E se tudo isso tá \'escandido\', bem construído, se há algo \'escondido\', \'no literal\', explícito, implícito, nas entrelinhas, possa ser subentendido, subjetivo, se está muito longo, mais de trinta linhas, em verso, prosa e chega ao \'verso da folha\', se está \'dentro das quatro linhas\' ou se atropela ou \'golpeia\' a gramática e suas leis vigentes?!
Se tudo isso é um dom, vem de berço, do coração, de um cercadinho infantil, jardim fechado, cercado de dúvidas, conveniências, idiossincrasias, \'clichês\' ou se vai para o fundo de uma gaveta?!
Se tudo isso foi inspirado, \'transpirado\', relido, editado, manuscrito, digitado, datilografado, é \'verso dáctilo\', espondeu, iâmbico, \'tá postado e ninguém respondeu\'... se é obra de um poeta anônimo ou consagrado?!
Quem liga...?!
É para quem liga, tudo isso!
E com \'tudo isso\', nesse mundo tão necessitado de mais e mais poesia, como alguém poderia não ligar?!
PARA QUEM LIGA:
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