Duas décadas se passaram,
Dois tempos distintos,
Várias sensações permearam,
Loucuras e momentos líricos.
Infância de brincadeiras e tolices,
Músicas e experiências marcantes,
Jovem adulto, em busca de voos,
Sexo, frustração, dores constantes.
Aos vinte, ainda sinto a criança em mim,
Talvez pela vontade de ser livre,
Ou pelo medo do que está por vir,
Não temo a morte, nem o porvir.
Sou um cético, cansado e triste,
Vinte anos se passaram, pouco mudou,
A idade no Tinder, talvez tenha mudado
Como um número, no vazio, dissipado.
Ainda sinto esperança, desejo e aflição,
Em um corpo marcado pelo tempo,
Preso em pensamentos, perdido na razão,
Minha obrigação é me encontrar em labirintos de direções infinitas
Aonde o inicio o meio e o fim podem ser a mesma coisa
Nessa confusão de ser algo e não ter nada
Nessa confusão de ser e não ser,
Entre o nada e o tudo, busco minha identidade,
Em um mundo de direções infinitas a percorrer,
Talvez, no fim, eu seja apenas uma ilusão da mente.