Compus esse poema agora, observando da minha janela a beleza do fim de tarde com os primeiros beijos da noite
PRELÚDIO DO FIM DA TARDE
O véu da neblina
Encobre a tarde
E a brisa vespertina
Sopra num suave alarde.
Nuvens empalidecem a noite
E o sol se deita nebuloso
Os galhos das árvores
Bailam em dançarino
Açoite
Tragando um perfume
De fragrâncias vaporoso!
Os pardais se articulam
De festiva sinfonia
Em agudas notas vigorosas
Compondo uma intrépida melodia
Na tarde que se vai
Mui pressurosa!
O céu transita entre o cinza e carmim
E as noturnas constelações
Abraçam a tarde e o seu fim
Beijando a noite e suas astronômicas siderações!
Enfim, a noite cobre-se de aveludado véu!
E se esvai da tarde o seu vapor
As estrelas são as flores no jardim do céu
E a noite silenciosa no horizonte formata a sua cor!