Eu que sempre pensei que a solidão me acompanhara
Agora reflito a amiga que fora
Dos sentimentos cegantes me apartara
E me traz a lucidez de outrora
Agora sei que meu eu anterior
Que ficara obscuro em dor
Se ilumina no calor
E reconhece o valor
Ele que ficou apenas para ti meu amor
Se dedica a te fazer sorrir
Sem a ansiedade de partir
Que observa ao teu lado as folhas cair
Meu eu que serve a ti
Estará lá sempre a lhe servir
Para que possa tranquila sentir
O calor das palavras, e a companhia florir
Pois agora não pertenço a ti
Pertenço as preocupações mundanas que não tardam a sair
E teu futuro não pertence mim, não. Somente a ti
Sorrio ao ver que está a seu caminho seguir
Mas há um tempo congelado
Uma falha de tempo segregado
Aonde infinitamente estou sentindo amado
E podes segura descansar ao meu lado