Ando a esmo pela cidade bela
Talvez Belo seja o que restou do Horizonte
a casca da Serra do Curral
Mais belos são os cantos
E em algum lugar alguém canta
Ando a esmo e me encanto
a musica da cidade é constante
Homens de aço se quebram
fadiga do dia a dia labuta
Homens com coração de pedra se partem em mil partes
por não saberem chorar
ou ver o que é Belo
E eu ando a esmo na cidade Horizonte
Belo é muito mais que o harmônico
é saber reconhecer a força do que é frágil
Talvez o Belo seja mais que o espanto
mais que o encanto
seja a voz do mudo
seja a Luz da Noite
Talvez o Belo seja o sentido e não o olhado
Homens de carne são mais fortes que pedra
resistem às dores cotidianas
sofrem a angustia dos dias
alimentam-se de sonhos que nem sempre virão
constróem o presente e o futuro
Homens de pedra sustentam o peso
dos dias passados.
Belo Horizonte, 28 de novembro de 1997
Idael Christiano de Almeida Santa Rosa