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Santa Rosa

Poemas Postais de Belo Horizonte (I)

Ando a esmo pela cidade bela

Talvez Belo seja o que restou do Horizonte

         a casca da Serra do Curral

Mais belos são os cantos

E em algum lugar alguém canta

Ando a esmo e me encanto

a musica da cidade é constante

Homens de aço se quebram

         fadiga do dia a dia labuta

Homens com coração de pedra se partem em mil partes

         por não saberem chorar

                   ou ver o que é Belo

E eu ando a esmo na cidade Horizonte

Belo é muito mais que o harmônico

         é saber reconhecer a força do que é frágil

Talvez o Belo seja mais que o espanto

                            mais que o encanto

                   seja a voz do mudo

                   seja a Luz da Noite

Talvez o Belo seja o sentido e não o olhado

Homens de carne são mais fortes que pedra

         resistem às dores cotidianas

         sofrem a angustia dos dias

         alimentam-se de sonhos que nem sempre virão

         constróem o presente e o futuro

Homens de pedra sustentam o peso

         dos dias passados.

 

Belo Horizonte, 28 de novembro de 1997

Idael Christiano de Almeida Santa Rosa