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Luigi Alves Bortoloto

Molho Branco

Eu não aguento mais!

Escrever com métrica em todos os sentimentos

Exposto com a perfeição com o lamento

Nada disso mais eu contento, eu desisto.

Sendo que resisto com raiva a cada dia 

A vida é uma piada sem graça, e curta

A quem ouve ela o machuca com o peso

De viver algo inútil e cruel

Onde nesse tribunal sou o réu, julgado.

Meus versos vira estrofes e são jogados

Dentro da sua boca, no som da sua mente

Sente, a verdade é eminente e tende a fugir 

Com uma garrafa de vodka sem rota

Apenas correr, sem medo de morrer

Numa estrada que minha embriaguez

Se torna minha leal frota. Tão cansativo isso

Lutar por algo impossível afim de valor

Uma humilhação com a bebida na mão

Impossível é, passar vergonha sem a razão.

De atuar uma vida que nunca sentiu dor.

Esse sou eu, um molho branco numa massa

Que passa pensando no seu sabor.