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Carlos Lucena

SILHUETA

SILHUETA 

Luzes que se apagam
Sonhos que se rasgam
Esperanças que murcham no caminho.
Pedras
Flores Encontrando espinho.
E portanto, luz enfraquecida
De um corpo que já não reclama.
Alma sem calor
Taça sem vinho  
Contida brasa que não inflama.
Hoje é só  Célula no rótulo vencida
Calma mas em agonia
A matéria que um dia fora apetecida.
Nesta hora em que vivemos
E já não se é mais o que se foi  um dia
Somos apenas a silhueta do que fomos
Pois a silhueta de hoje em diante
É aquilo o que por enquanto temos como restante!