... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol

UM SÓ SONETO

Somente um soneto cru, precário

Poetizando a sensação repartida

Tão singular, vazio, tão deficitário

E, aceita calmamente a dor doída

 

Qual a um verso em um relicário

Intocável, inerte, exilado da vida

Ferido em espinho, sem itinerário

Sangrando aquela paixão partida

 

Somente um só soneto bem podia

Nas estrofes o sentido arrebatado

Embalado com poética na poesia

 

Fazendo palpitar o canto, cantado

Dando asas a ilusão, e que voaria

Nas rimas do coração apaixonado.

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

11 março, 2024, 20’04” – Araguari, MG

 

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