Em seu peito, um mar de tristeza,
Onde navega a nau do querer,
Sob céus cinzentos - pura beleza,
De um amor que irá florescer.
Cada suspiro, uma onda de dor,
Que no coração do melancólico bate,
Perdido na penumbra do ardor,
Um amor eterno que o destino abate.
Oh, doce figura que em sonhos aparece,
Sua mente perdida pela imagem que se tece,
Como a mais fina e delicada renda,
Numa tapeçaria de sentimentos que não se emenda.
A cada alvorada, renasce a esperança,
Mas ao entardecer, tudo não passa de lembrança,
Na quietude do ser, um poema para ler.
O amor possa nascer, e a dois crescer.
Ofereço minha mão, em seu caminhar,
Para o seu amor verdadeiro, brilhar.
Expressa teu sentir, deixa o amor fluir.
Arrisca-te ao amor, ousa descobrir!
Logo, entre versos e lágrimas escondidas,
Teu amor cultiva nas sombras da vida,
Um melancólico apaixonado assim,
Ele ama sozinho, mas ama até o fim.