Por onde andas aquele sonho belo,
Que o loiro das estrelas inda vestes,
Será que tens no céu o teu castelo,
Ou vaga sobre os fúnebres ciprestes?...
Sonho de auroras num vale singelo,
E beijos de névoas que não tivestes,
Talvez buscando fostes um outro elo
Em solitários páramos celestes.
Ai levastes contigo o alvor da tarde,
A mágoa dos ocasos suntuosos,
E me deixastes só, na soledade...
Queria ver-te nas sendas consteladas,
Onde morrem os astros luminosos
Suavemente por sobre as estradas...
Thiago Rodrigues