Vamos de parnasianismo?
Quero pintar soneto sobre sentimentos
Como poeta algum ousara-se sentir
Quero tecer soneto acerca de cruentos
Dolos aos quais, divina lei, ó permitir
Como cruzar horizontes os mais horrendos
Quero que o soneto vanglorie-se emir
Como horcrux que resiste ao tempo, nojentos
Dolos quão soneto nutrem-se de elixir
Quero que este meu soneto, viva ranhento
Sobrevivendo olhos de múmias, ó devir
Da eternidade que as letras se ostentam
Como soneto que ofusca estrelas, vizir
Sobreviva aos buracos, pupila enfrenta
Do eterno, ampulheta da memória, a fulgir