Eu achava qua sabia como era o amor, como eu poderia lidar com ele. Achava ser madura o suficiente para entrar de cabeça em algo que a experiência era inexistente. Tinha a sensação de que tudo estava de bandeja nas minhas mãos.
Quando a realidade bateu, e eu vi você indo embora, percebi que eu não sabia de nada. Achei aterrorizante te desconher em apenas algumas semanas e ser praticamente obrigada a deixar de ter esses sentimentos por você. Não te ver, não te ter, isso ainda me quebra. Não tive ao menos a chance de tentar até a última gota d\'água, sem poder aproveitar aquele último abraço tosco que você me deu, junto do beijo na testa, anunciado que não voltaria no dia seguinte.
Mas eu não sabia de nada, não conseguia aceitar que tudo já estava transbordando e você escorrendo como água por entre meus dedos.
Sentir a profundidade dessas emoções só me mostraram o quanto que eu não sabia de nada. \"Nós somos um marco tão grande na vida um do outro\" você dise, tu não sabe como sinto falta dessas palavras. Será que realmente foi um marco pra você? Você, também, não sabe de nada. Sua imaturidade e confusão fizeram isso. E o meu achismo de que eu saberia lidar e por limites, também, fizeram isso.
Mas, no fim, eu tinha cansado de me segurar, eu só desejei te amar mais e mais. Ficar com você, te beijar, sorir com você. Eu queria tudo isso e um pouco mais. Queria que fosse você a pessoa certa.
Essa sua confiança de que \"não custa nada tentar\", custou e muito. Você me deve boas noites de sono.
Eu queria que não fossemos infantis, ou dois adolescentes querendo bancar os adultos. E eu continuo fingindo que sei de tudo mas... A gente não sabe de nada, eu não sei de nada. E hoje a única certeza que tenho é que eu virei prisioneira da saudade daqueles momentos bons que você deixou em mim.
N.