... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

PARADOXO

Minha poesia é abatida e intensa

Sempre a trovar o choro e alegria

Vazia, mas também há presença

Uma redação tão cheia de magia

 

Tu quem és? Nesta tal sentença?

Chegada, partida, amor ou arrelia

Versos de aceitação e despensa

Quanta contradição, triste ironia

 

Clara, obscura, não sabe decidir

Qual tom de mistério a versejar

Se poética da dor ou do prazer

 

Ah! poesia inquieta... sabe sentir

Fartamente. E se põe a devanear

No paradoxo que é o nosso viver!

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

07 março, 2024, 07’00” – Araguari, MG

 

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