Claudio Reis

POLTRONA VERMELHA

Entre!

Quero lhe mostrar como tenho vivido

Como tem sido meus dias distante de ti

Minhas noites divagantes com sua falta

Meu cotidiano inerte em desencanto

 

Naquela poltrona vermelha recosto-me a tarde

Abro a janela para ver o crepúsculo chegar

Vejo os pássaros nas arvores procurando pouso

A noite caindo trazendo consigo o som do silêncio

E eu levando o pensamento ao longe à te lembrar

 

Neste cômodo móvel que encontrei meu canto

Sobre a cor da paixão sentado a emocionar-me

Transcendentalmente reconecto-me contigo 

Chego a ouvir sua voz aludindo-me carinho

Nossos lábios juntando-se n\'um beijo interminável

Imaginário alucinante fazendo-me viver o bem do amor

 

E quando lá fora o céu esta bem escuro e brilham estrelas

Meu coração se enche de esperança e ponho-me a orar

Peço aos anjos que lhe guardem e protejam seus passos

Que nos tragam de volta os sonhos que juntos sonhamos

Então levanto-me, fecho a janela e vou me deitar

Resiliente! mais uma noite sem você, entrego-me ao sono

Mesmo você não presente, mas em meu coração você sempre esta.

 

Claudio Reis