Um copo de cada vez
É o que tento fazer
Mas cada vez que vou ao segundo
Penso ‘ não há dois sem três’
E já vou pa segunda garrafa
Sem reparar nos efeitos
Sinto me feliz
E com um andar direito
Falo tudo o que vem à cabeça
Sem pensar nas consequências
Devia ter noção
Que as outras pessoas não têm demência
Envergonhado do que disse
Envergonhado do que fiz
Isolo me em casa
Como uma pobre perdiz
Não gosto de me sentir de outro jeito
Sem ser com esses efeitos secundários
Sinto me livre, capaz de tudo
Como um herói primário
Sem isso, sou deprimente
Sempre com pensamento na mente
Não sendo nada decente
Apesar de ser independente
Por dentro, sinto-me doente