Acompanham-me vultos solitários,
Que adejam nos altares das igrejas;
As vozes dos antigos campanários,
E o sonho que no peito inda vicejas.
Vejo olhos que são como relicários,
Carregando o passado que adejas
Nos caminhos dos luares de tons vários
E nos templos que a agrura rumorejas.
Assombra-me a sombra de morta freira,
Com seus olhos sempre hirtos de caveira,
Pelo horto de funestas cantorias...
E o vento uiva sobre os meus cabelos,
Ao tropel dos meus atros pesadelos
E das minhas etéreas nostalgias.
Thiago Rodrigues