... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

VÉU DE UMA SAUDADE

Ainda que casmurra a andar, a poesia

Desnuda daquele amor a lhe encantar

Com versos tristes e, com triste arrelia

Mesmo sabendo que tudo tem o lugar

 

A poesia romanceia, se põe a sonhar

Se abarca em uma sedutora sinfonia

Porque a poética faz o coração arfar

Vertendo em carismática harmonia

 

É a suave magia criando o momento

O trovador que mesmo de alma nua

Ainda, assim, busca o ritmo do vento

 

Então, tão cheio de uma pluralidade

Matiza as palavras, teima, continua

Embalado num véu de uma saudade.

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

26 fevereiro, 2024, 13’21” – Araguari, MG

 

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