Marçal de Oliveira Huoya

A Vapor

Não há
Como fazer
E acontecer
Para aumentar
O que já é enorme
Cresce e costuma doer
Como uma criança cresce
Enquanto dorme
Vem a dor do crescimento
Que incomoda por ser amor
Para a qual não há alivio
Nem unguento
A não ser seu cobertor
Para aumentar o aquecimento
Para lhe esquentar lá dentro
Então lhe sobe tal calor
E é tal o inquietamento
Que de longe
Vêem-se os eflúvios do vapor
Dos calafrios congelando o tempo
Ah! Então isso é amor
Sem tirar nem pôr
E não um simples
Encantamento...