Indesejado, me envolvo no meu próprio prelúdio
Há meia-noite passará um trem
No fim do túnel, uma luz indo direto ao abismo
Eu sinto, eu vejo, não há como dormir
Dá dor fomos criados, dá dor iremos perecer
Devagar, cave dentro de si mesmo, até o poço esvaziar
A jornada é longa, o precipício é cada vez maior
Então se eu não me jogar, não irei entender minha própria vida
Não há retorno para palavras
Igual balas, elas esvaziam minha cabeça
Você entende? Você consegue ver? Eu não consigo aguentar
Minha alma tem uma fobia, ela fica gritando no escuro
Eles não batem na porta, eles só entram
Não dão a mínima, eu irei acabar com eles
Esses problemas, essas informações, esse mundo, é tudo uma mentira
Não há como dormir com ansiedade, então descarregue toda a minha melancolia
Eu sou um chafariz de devaneios e ilusões
Enganei a mim mesmo só para te amar
Não há janelas, dentro dos meus olhos, está tudo escuro
Não há como dormir, eu não consigo aguentar, eu posso até desmaiar, mas sinto que esse desespero não vai passar
Junte meus pedaços, só para quebrar de novo, sou um livro com páginas rasgadas, apenas para serem esquecidas
Não há vitrine, não há biblioteca, não há como dormir quando se é indesejado...