Ronildo Santos ( Don Carvalho).

Me salve de ser invisível

Eu sou,

eu sou tudo o que querem de mim
Eu sou e, não eu não sou
Eu sou um anonimato


Eu sou tudo o que acho de mim
Eu sou tudo o que mato em mim

Eu sou o que te mato

Eu sou anônimo, invisível aos seus olhos

Mais presente em seus arrepios,
Eu sou um ciclo,
E sigo sozinho,

eu... Eu sigo o caminho com muitos em mil milhões, milhares iguais à mim, e a ti também,

somos esquecidos, seres esquisitos, me sinto no teu vazio a minha dor,
Me sinto amado de qualquer forma,
Me sinto humilhado pelos, e por todos aqueles que vivem em minha volta, em uma espécie de ciranda, seres viventes, seres esquecidos, eu sou anônimo sofrido, eu sou aquele,

eu posso ser até o seu próximo amor, mas, eu sou seu próximo, chegue próximo de mim, me aceite como eu sou, não seja meu juiz o meu condenador, eu já sofri demais, também... Eu também já julguei demais,

Mais me ame como você se ama, se ame como me ama, queira me queira me convidar pra sua ciranda também, me traga alegria me traga comida, me traga o viver, (...) Mas por favor,

não me deixe, não me deixe morrer aqui, ... Sozinho.

 

R.Carvalho