Nas noites de solidão
Eu te buscava sedento.
Tu me negavas o perdão.
Não ouvia meu lamento.
Insone eu me recolhia.
Ao frio que me açoitava.
Se uma esperança surgia.
Teu desprezo congelava.
Partindo meu coração.
Me deixando no relento.
Entregue à contemplação.
Nesse leito de cimento.
Sem nenhuma garantia.
Permanecia, esperava.
Em ansiosa agonia.
Em solidão repousava.
Maldita fascinação.
De folha lançada ao vento.
Sem nenhuma explicação.
Escravo desse tormento.