A inspiração vem e toma
o poeta de assalto
Num susto, num lampejo
Sai versos “in natura”
Pérola suada para o sofrimento da ostra-poesia
Nem sempre o poeta é genial , feliz, ou deveras triste
Mas existe nele um pensar
Uma divagação, um olhar diferenciado sobre a arte de versejar
Exalta a alegria
Chora no papel, a paixão mal resolvida
Se perde em lembranças
Vagueia com seus passos trôpegos no âmago da melancolia
Detalhe: Jamais, este revelador de pensamentos e sentimentos, se apropria da obra comprometida e bem-casada
Nem se prevalece da inspiração alheia
Definitivamente, o poeta por excelência, não é um ser execrável, muito menos um famigerado raspa canela.