Gisele Cunha

O Circo sem alegria

É deprimente para toda gente

A primeira vez que vi o povo do circo

Perder o sorriso lindo Eles pedem socorro para sobreviver em meio ao cãos que se instalou

Falaram em ajudar as outras classes e eles ficaram esquecidos Tentam manter um certo equilibrio

Mas está difícil andar sobre a corda bamba pensando no sustento que não chega

Sem espetáculo não tem alimento na mesa

A alegria do palhaço está reclusa dentro da alma entristecida

Ele vive de fazer seus lábios dá gargalhada

E agora o coração dele é quem chora

Os marabalistas estão tentando equilibrar a própria vida

E os domadores de animais ferozes, pelejam para domar a preocupação dentro de seu pensamento

Os corajosos do globo da morte, hoje temem pelo todo Pois viver aqui se tornou um perigo evidente

Os contorcionistas anestesiaram a dor de seu corpo

Pois perceberam que dói mesmo é vê a arena do palco vazia

Sem o respeitável público pedindo bis com tamanha euforia

Mas um bonito pássaro pousará na lona entoando um canto de esperança.

Autora: Gisele Cunha