PRESOS DO TEMPO
Estamos a caminhar
na noite
Estamos presos no dia
E o tempo quando
não é de outrora
É só pura nostalgia.
As horas
de passos lentos
Caminham para a agonia.
E não adianta querer mudar-se os momentos
Que são deveras passageiros
E caminham
a passos ligeiros
Sem olhar os sentimentos
Que estão presos
nas mãos.
Pois aqueles do coração
É esquecida ilusão
Que as horas da noite
e do dia
Só traz mesmo a agonia.
E a cortante lâmina
do tempo
Não sopra mais
como brisa
Pois sopra igual ventania.