Na estrada do amor vagueio,
Inexperiente, coração alheio,
Por entre os espinhos do destino, caio,
Amar a quem não posso, confundido.
Meus olhos se perderam na ilusão,
Cega paixão, sem rumo, sem visão,
Ao me encantar, trago à alma o torpor,
Escolhi a estrada errada, sem favor.
Ela era casada, um porto de abrigo,
Encanto envolto em laços proibidos,
Onde meu amor jamais teria abrigo,
Em muros erguidos, sonhos esquecidos.
A dor de amar, sem ter onde ancorar,
Desperta o vazio, a solidão a navegar,
Navego em águas turvas, sem encontrar
A calmaria de um amor para amar.
Assim, inexperiente, aprendo na dor,
Que o coração é sábio, mas frágil de amor,
E que amar o errado, não é amor, é pavor,
É perder-se num labirinto sem fim, sem fulgor.