carlos correa

A caminho do Leste de meu coração

Dia após noite noite após dia eu sou testado

Bom seria não fazer ideia do que nos rodeia

Já vi sombras demais que vivem do outro lado

Pra me fazer de coitado e fingir que não sabia

 

Queria que minha palavra fosse forte o suficiente

Faria do chumbo ouro dos pecados minhas virtudes

Fecharia lojas terminaria com suas promoções frementes

Seguiria o caminho da primavera iria para longe do oeste tão rude

 

Há vozes que me rodeiam não posso ouvi-las algumas brilham

Outras sofrem me envolvem como a neblina que cega o que precisa ver

Me guiam por entre versos e canções guitarras pianos às vezes gritam

Sentam ao meu lado se calam entram em minha cabeça sem nada dizer

 

Se minha sanidade ainda me acompanha como a neve cai no inverno

Dou graças às sombras que me lembram a cada entardecer que assim

Como sol renasce de manhã eu também voltarei eu também sou eterno

Sei que sou eu mesmo que me governo mas não sei se é bem assim

 

Sou repleto de pecados defeitos capitais já me perdi entre tantos sinais

Tenho medo de meus sonhos conheço todas as minhas fraquezas

Me ouçam com atenção no seu pensamento estará sua fortaleza

“sejam constantes e não errantes” escrevam suas letras e seus musicais

 

Deus abençoe as escadas que construímos

Carlos Correa