Sandro Paschoal Nogueira

ACASO

Um vento que soprava...
Testemunha de segredos da madrugada...
Promessas desconexas surradas...
Sob a calma das estrelas...
Entre as sombras de uma rua mal iluminada...

Um copo de bebida esquecido...
Enquanto o cigarro fumegava...
As horas loucas se perderam...
No ar onde a respiração doce arfava...

Óh...
A carícia da terra...
A juventude suspensa...
As coisas mais simples...
Sei que há diferenças...
Mas tudo se esquece...
Quando a gente se ama...

E já nada mais me doer...
Melhor até se o acaso...
Fizerem-me nessa rua deserta...
Encontrar você...

Sandro Paschoal Nogueira