SEM INTENÇÕES
Prefiro semear
palavras em grãos
Que sentar-me
em velhas cadeiras
Não ouso a fama
dos velhos imortais
Nem pretendo
a prisão das prateleiras.
Não me revisto
dos luxos gramaticais
Nem das vocabulares latinices pioneiras
Inventadas
na hermenêutica
de antigos ancestrais.
Prefiro as desordens lógicas
E também
a desconexão do objeto.
Abaixo as ilustrações ideológicas
Pois prefiro abrangência daquilo que
nem sempre é certo.
Portanto, serei semântico e deverasmente pragmático
Nos dois me valho
do irônico
E nos dois
não devo ser apático!