Uma ave visionária Conhece os imortais Do seu belo recanto Pela senda primária Do brilho dos cristais Que enleva o encanto Por entre o plano fugaz Que faz as suas obras Para além do infinito Com a alma bem vivaz Que conhece as dobras Desse inapagável rito Nas cores e imagéticas Dos quadros pintados Pela complexa memória Com as linhas dialéticas Que alinhavam os lados Da sua legítima história Lá dentro do esotérico E do espelho do outrem Que mostra o seu reflexo Por esse objeto esférico Que de muito longe vem Para amarrar o seu nexo