Tudo que penso
já foi escrito
Para meu desalento
pouco sobrou!
Dos sonhos as árvores
alguém já versejou
Dos amores
Das idas e vindas
Tudo cantado em versos e prosas
Olho para cima
para os lados, desapontado
Pasmem! Eis, meu jardim
de orquídeas imaginárias
Existem estradas
com encostas alaranjadas a percorrer
Contarei histórias de heróis e bruxas, como quem conta vantagens
Sentirei na boca o sabor
dos beijos inéditos
Não sou poesia pensada
Sou repente
Tempestade de palavras
que subitamente alagou
este texto.