De olho no silêncio...
Tu se faz presente onde não deve
cabe em uma sala mas não em meus pensamentos
Fica num canto reservado como cartada dos solitários
Daquelas sem volta sabe, que se usa uma vez e fica viciado
Às vezes entra como colega e quando vemos já estamos participando de seu aniversário.
A muitos anos uso o silêncio para poupar tempo
As palavras me roubam fôlego e o mais difícil de se segurar, a paciência.
Num piscar de olhos tudo se acaba
Viu como fingir que não dou importância e que não tenho uma opinião formada me faz parecer calma?
Dentro da minha cabeça não está assim
De jeito nenhum!
Um lado se acha sensato e sábio por não dar corda
Já o outro lado pretende se enforcar com essa maldita corda por não poder falar nada.
É isso que o meu silêncio expressa em uma discussão
E não, não é porque quero te ouvir.