Mais um dia se passa e assim eu passo...
Este céu tão azul de azul intenso
Nunca o tinha notado, pois, que baço
E desnublado sempre o via apenso.
E de nuvens tão brancas tem-lhe o espaço.
O esplendor da abóbada imenso,
Sua luminosidade sem embaraço
Mantêm-me deslumbrado e, assás, suspenso.
Tristonho então me indago: até quando
Terei este espetáculo comigo
Em meus restantes dias despencando.
Pois o deslumbre deste céu de agora
Vem como um triste adeus em que predigo,
A lamentar-me, o eterno ir-me embora.
Tangará da Serra, 05/02/2024
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