COMO ÁGUIA
Sou os braços
Que sem abraços andam entristecidos
Sou os lábios
Que sem os beijos já foram entorpecidos
E sou a alma que no corpo soluça em arpejos
Que nem a melodia de acordes e solfejos.
Sou aquela a quem o vento soprou para distante
Feito águia
Recolhida nas colinas
E depois num alar alucinante
Regressar para reviver com os mesmos braços, os mesmos lábios, a mesma alma e as mesmas sinas.