Feitor das minhas desilusões,
Clamo por um breve momento,
Bálsamo para o ressentimento.
Ergo a cabeça e tenho o horizonte...
As feridas não lamento,
Estímulos são os incômodos.
Sinal da reação, levantar é ressurgir o alento.
Punhos cerrados da luta...
Poderio que não me acovarda,
Na peleja desse fronte.
Dos asseclas do covil, sou contra todos.
Da escuridão me escudo
Com a espada de luz que não tarda.
Há sangue derramado, devastações.
Segue a guerra, a disputa.
Dos quadros da conveniência
Figuras das mentiras, indecência
Das molduras sem verdades.
Heróis das falsidades,
Da história sempre há registro
Malicioso, destacado com grifo.
Oficial história de mitos.
Armas da deslealdade,
Ainda assim no curso do tempo
Há de surgir o realento.
Em que pese tantos proscritos,
Vítimas da desigualdade,
Da opressão e poder da maldade,
O amor há de prevalecer!
Das sombras do complexo humano,
Do mais santo ao mais perverso e obtuso,
A virtude há de resplandecer.
Porém, há um entretanto!
Para a efetiva conquista esperada,
Para o império da verdade aclamada,
Das lutas não podemos fugir!
Das ações de transformação somos atores,
Somos vozes e somos marchas, portanto.
Palavras para se cumprir!
Fé, união, liberdade e entendimento,
Na luta por nossos valores,
A felicidade é o sacramento!
19/02/2019