A gente até tenta:
Esvaziar a casa
Fazer uma faxina, mudar as coisas de lugar
Livrar-se dos quadros, cartas, retratos
Lavar os lençóis, jogar fora os presentes.
Mas quando chega numa sala chamada coração
A saudade bate mais forte!
Mas quando chega numa sala chamada memória
A lembrança se faz intocável...
Parece que a saudade tem vida
Que sente frio, dor e tem fome
E a gente tem que alimentar
Já a lembrança me parece uma fotografia
Que não se encontra em álbuns de foto
Ou em qualquer galeria de celular
É tão mágica e transcendente
Que, por mais que a gente tente,
Não consegue apagar.