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Ruan Vieira

Salas que a gente pensa que evita, mas quase sempre visita

A gente até tenta:

Esvaziar a casa

Fazer uma faxina, mudar as coisas de lugar 

Livrar-se dos quadros, cartas, retratos

Lavar os lençóis, jogar fora os presentes.

Mas quando chega numa sala chamada coração

A saudade bate mais forte!

Mas quando chega numa sala chamada memória

A lembrança se faz intocável...

Parece que a saudade tem vida

Que sente frio, dor e tem fome

E a gente tem que alimentar 

Já a lembrança me parece uma fotografia

Que não se encontra em álbuns de foto

Ou em qualquer galeria de celular

É tão mágica e transcendente

Que, por mais que a gente tente,

Não consegue apagar.