Consternado em melancolia
Sou o andarilho da misantropia
Serás eu ser de notória discrepância neste mundo?
Ou aterrissei sob ciclo hostil diante de meus valores?
Carregado de fardos e agonias, me alimento e afundo
Lancei-me ao nicho lúgubre no covil de mil horrores
E quantas..., Mas quantas vezes busquei abrigos de fulgor
Deixei meu habitual buraco solitário, busquei a luz do amor
Expus minha sombria face a mercê de seres deveras reluzentes
Para no crônico final sentir-me arrastado por dolorosas correntes
Arrastado entre frustrações e lágrimas rumo a fundura da soledade
No velho mundo idealizado onde na infeliz arte de fantasiar inverdades
Amenizo as chagas mentais, as decepções usuais desta cruel realidade tão má
Que me assola, suga meu espírito e fere... fere demasiadamente a minha alma
E é quando sinto o sangrar de meu lânguido espírito
Perco-me na escuridão de meus sentidos e peço... grito
Clamo a qualquer força superior irromper-se a minha fronte
E levar-me para o além e conduzir-me para as profundezas do horizonte
Pois diante de ardores e inúteis consolos de superação
Concluo não pertencer a esta terra se não apenas a monção
De agarrar toda prostração do cosmos e suportar... suportar...
Esta abominável tortura mental angariando o precipício de meu fadário